Toda forma de amor

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sábado, 22 de junho de 2013

Web Toda Forma de Amor Capítulo 13


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Capítulo 13


- Filho! Que bom que você chegou! Agora a nossa família está completa. - Como ela conseguia ser tão extremamente falsa? Em uma hora, ela gritava comigo, dizendo o quanto eu era pirralha e imatura. Depois, estava mil amores com o Dan, . Você deve estar pensando: “Nossa, a Lua é uma pessoa muito mal agradecida! Chama a pessoa que deu a vida a ela, de falsa.” Bom, se a questão é essa, então sim: Eu sou mal agradecida. A minha mãe sempre deixou bem claro que o meu nascimento não foi planejado e sim um acidente. Da sua boca, nunca ouvi um “Eu te amo” nem tão pouco um “Se cuida”. Já pro Daniel, ela sempre deu tudo. Não o culpo. Apesar de tudo, ele era um ótimo irmão. Sempre cuidou de mim como um perfeito irmão mais velho que era. E eu sentia muito a sua falta. Depois que ele foi pra faculdade, me senti abandonada. Meu pai vivia no trabalho e minha mãe no shoppping ou no spa com as peruas loiras que ela insistia em chamar de “amigas”. Mas apesar de sentir muitas saudades do meu irmão mais velho, eu não consegui abraçá-lo. Não ao ver a minha mãe, minha própria mãe, agir como uma completa imbecil.
- Eu não suporto tanta hiprocrisia… - falei e subi as escadas correndo.  Arthur subia atrás de mim e me seguiu até o quarto, onde entrou e fechou a porta. Me joguei na cama e me pus a chorar.
- Ei princesa… Não fica assim. - ele falou, passando a mão no meu cabelo. - Ei… Olha pra mim.
Eu sentei na cama com as pernas cruzadas e o encarei. Ele secou as minhas lágrimas e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. 
- Não gosto de te ver chorando. - falou.
- É que eu estou cansada, Thur! - desabafei. As lágrimas agora rolavam descontroladamente.  - Estou cansada de tanta hipocrisia! Estou cansada de viver de aparências! Eu quero uma família de verdade! Eu quero uma mãe que encha o meu saco sobre roupas, sapatos e maquiagens, sabe? Sobre coisas de menina. Eu quero o meu pai presente! Eu quero o meu irmão me levando pra tomar sorvete! Eu quero um jantar em família e não um jantar de negócios. Eu quero uma família que me ame e se importe comigo. 
Arthur me abraçou.
- Chora, pequena… Chora bastante. Ei, olha pra mim. - ele falou, se afastando e enxugando minhas lágrimas. - A sua família te ama e…
- Não Thur! Ninguém me ama! - Ok, eu parecia uma menina mimada implorando para ouvir que ele me disse a seguir:
- Lua! Não fala bobagem! Eu te amo! Tá dizendo que eu não sou ninguém? - ele falou, fingindo estar ofendido. Quando o Arthur disse que me amava senti algo diferente. Ele já me disse isso diversas e diversas vezes. Mas… Dessa vez foi diferente. Ou é só impressão minha?
- Ei, não é isso… - comecei.
- Eu sei, Luinha. O que eu estou tentando te dizer, é que sempre, SEMPRE que você achar, pensar ou sonhar que ninguém te ama, lembre-se que eu te amo. Muito muito mesmo. E que eu nunca vou te abandonar.
Enquete: Meu melhor amigo é a coisa mais fofa do mundo - Sim ou Claro?  Eu o abracei. E depois de alguns minutos, nós fomos nos soltando aos poucos. Quando percebi, estava cara a cara com o Arthur. Eu sentia uma vontade enorme de beijá-lo. E ele parecia sentir o mesmo.
- Arthur… - me aproximei mais dele.
- O q-q-quê? - ele falou, quase sussurrando.
- Me-me beija… - eu pedi. O QUÊ? EU, LUA MARIA BLANCO, PEDI PRO MEU MELHOR AMIGO, ARTHUR AGUIAR, ME BEIJAR? É ISSO MESMO PRODUÇÃO? Sim… é. Eu queria mesmo beijá-lo. Ele foi se aproximando e nossas testas se encostaram. Lentamente nossos lábios ficaram a milímetros um do outro até que…
- Atrapalho?  - DROGA!




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