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Capítulo 13
- Filho! Que bom
que você chegou! Agora a nossa família está completa. - Como ela
conseguia ser tão extremamente falsa? Em uma hora, ela gritava
comigo, dizendo o quanto eu era pirralha e imatura. Depois, estava
mil amores com o Dan, . Você deve estar pensando: “Nossa,
a Lua é uma pessoa muito mal agradecida! Chama a pessoa que deu a
vida a ela, de falsa.” Bom,
se a questão é essa, então sim: Eu sou mal agradecida. A minha mãe
sempre deixou bem claro que o meu nascimento não foi planejado e sim
um acidente. Da sua boca, nunca ouvi um “Eu te amo” nem tão
pouco um “Se cuida”. Já pro Daniel, ela sempre deu tudo. Não o
culpo. Apesar de tudo, ele era um ótimo irmão. Sempre cuidou de mim
como um perfeito irmão mais velho que era. E eu sentia muito a sua
falta. Depois que ele foi pra faculdade, me senti abandonada. Meu pai
vivia no trabalho e minha mãe no shoppping ou no spa com as peruas
loiras que ela insistia em chamar de “amigas”. Mas apesar de
sentir muitas saudades do meu irmão mais velho, eu não consegui
abraçá-lo. Não ao ver a minha mãe, minha própria mãe, agir como
uma completa imbecil.
- Eu não
suporto tanta hiprocrisia… - falei e subi as escadas correndo.
Arthur subia atrás de mim e me seguiu até o quarto, onde
entrou e fechou a porta. Me joguei na cama e me pus a chorar.
- Ei princesa…
Não fica assim. - ele falou, passando a mão no meu cabelo. - Ei…
Olha pra mim.
Eu sentei na
cama com as pernas cruzadas e o encarei. Ele secou as minhas lágrimas
e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Não gosto de
te ver chorando. - falou.
- É que eu
estou cansada, Thur! - desabafei. As lágrimas agora rolavam
descontroladamente. - Estou cansada de tanta hipocrisia! Estou
cansada de viver de aparências! Eu quero uma família de verdade! Eu
quero uma mãe que encha o meu saco sobre roupas, sapatos e
maquiagens, sabe? Sobre coisas de menina. Eu quero o meu pai
presente! Eu quero o meu irmão me levando pra tomar sorvete! Eu
quero um jantar em família e não um jantar de negócios. Eu quero
uma família que me ame e se importe comigo.
Arthur me
abraçou.
- Chora,
pequena… Chora bastante. Ei, olha pra mim. - ele falou, se
afastando e enxugando minhas lágrimas. - A sua família te ama e…
- Não Thur!
Ninguém me ama! - Ok, eu parecia uma menina mimada implorando para
ouvir que ele me disse a seguir:
- Lua! Não fala
bobagem! Eu te amo! Tá dizendo que eu não sou ninguém? - ele
falou, fingindo estar ofendido. Quando o Arthur disse que me amava
senti algo diferente. Ele já me disse isso diversas e diversas
vezes. Mas… Dessa vez foi diferente. Ou é só impressão minha?
- Ei, não é
isso… - comecei.
- Eu sei,
Luinha. O que eu estou tentando te dizer, é que sempre, SEMPRE que
você achar, pensar ou sonhar que ninguém te ama, lembre-se que eu
te amo. Muito muito mesmo. E que eu nunca vou te abandonar.
Enquete: Meu
melhor amigo é a coisa mais fofa do mundo - Sim ou Claro? Eu o
abracei. E depois de alguns minutos, nós fomos nos soltando aos
poucos. Quando percebi, estava cara a cara com o Arthur. Eu sentia
uma vontade enorme de beijá-lo. E ele parecia sentir o mesmo.
- Arthur… - me
aproximei mais dele.
- O q-q-quê? -
ele falou, quase sussurrando.
- Me-me beija…
- eu pedi. O QUÊ? EU, LUA MARIA BLANCO, PEDI PRO MEU MELHOR AMIGO,
ARTHUR AGUIAR, ME BEIJAR? É ISSO MESMO PRODUÇÃO? Sim… é. Eu
queria mesmo beijá-lo. Ele foi se aproximando e nossas testas se
encostaram. Lentamente nossos lábios ficaram a milímetros um do
outro até que…
- Atrapalho? -
DROGA!
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