Toda forma de amor

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

TFDA 37





                             
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Capítulo 37

Obrigado as meninas que comentário fiquei muito felizes


- Rita morava no subúrbio do Rio. Levava a vida como garota de programa no calçadão. Certo dia foi chamada à cabine do presidente da RHB. Mas o que um homem tão importante e fino como Paulo Blanco Ferian, iria querer com uma mulher simples como ela? Imaginando que seria contratada para… hum… prestar seus serviços, Rita resolveu se encontrar com o empresário. Mal sabia, a coitada, das verdadeiras intenções do senhor Paulo, que ali - André apontou - se encontra. 
Eu não estava entendendo patavinas. Quem era Rita? E o que ela tinha haver com o meu pai? Porque o André estava contando aquela história? E o que diabos isso tinha haver comigo? Percebi que Arthur continuava tenso ao meu lado e papai parecia estar inchado.
- Sem mais delongas, o fato é que Paulo queria pagar pra que Rita gerasse um filho, mais precisamente, UMA FILHA sua. Muitos sabem que a Adriana, esposa do nosso querido chefe, sempre teve dificuldade pra engravidar. E quando ela finalmente foi abençoada pelo dom da maternidade, gerou um filhO. Um rapaz forte e sadio, acabando com todas as esperanças de seu marido de ter uma linda menininha em seus braços. Ficou comprovado que Adriana não poderia engravidar mais e a única solução encontrada pelo casal, foi arranjar uma barriga de aluguel. 
Meus olhos automaticamente se encheram de lágrimas. Senti vários pares de olhos esbugalhados me encarando e as palavras de André me atravessavam como espadas. 
- No começo, Rita Maria negou a proposta. Nunca esteve em seus planos engravidar, nem pela maior quantia pagável. Mas aos poucos, foi convencida. Afinal, estava na flor da idade, era bonita, inteligente e só se tornara prostituta por problemas familiares. Era pegar ou largar. Pegou. O plano era que Rita e Adriana viajariam para o exterior durante a gravidez e só voltariam com o bebê em mãos. Na primeira… digamos, tentativa - André riu - uma linda menina foi gerada. O tempo foi passando, passando, a barriga foi crescendo e o inesperado aconteceu: Rita Maria, a prostituta sem coração e gananciosa, se apegou a sua bebê que nem se quer nascera até o dado momento. Um bebê que, tecnicamente, não era seu. Grávida de 7 meses, Rita decidiu que não aceitaria o negócio. Teria sua filha e a criaria, mesmo sem a ajuda do pai. Ela tentou fugir mas convenhamos, estamos falando de pessoas ricas e poderosas, eles encontraram-na. E bom… No fim das contas, Rita morreu num trágico acidente quando tentou fugir com a filha mais uma vez. O carro bateu à caminho do porto. Capotou algumas poucas vezes e a mulher, que já tinha uma gravidez de risco, faleceu. Os médicos conseguiram salvar a menina às pressas. Rita se foi deixando como única herança, sua filha: Lua Maria Blanco.
As lágrimas já caíam em cascata molhando meu rosto e estragando minha maquiagem. Levantei e senti minhas pernas cederem. Dois pares de mãos seguraram minha cintura e eu virei para encará-lo:
- Você sabia disso, Arthur?
- Ér… Lua, não é bem… - Poucas palavras deixaram bem claro o que eu já desconfiava. Que esse era o segredo que o Arthur me escondia à metade da viajem. Me desvencilhei de suas mãos e ainda chorando, saí dando passos largos pelo salão e esbarrando em alguns convidados. Meu mundo caiu.






















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