Toda forma de amor

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

TFDA 36




                                                 
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 Capítulo 36


POV da Lua
A tão aguardada Noite de Gala chegara. Coloquei um vestido drapeado, bem claro, tomara-que-caia, marcado na cintura e rodado em baixo (see). Deixei Mel, Ray e Sophia se arrumando em nossa suíte e fui encontrar o Arthur que já me esperava no saguão para me acompanhar. Ele estava lindo. Lindo, não, pois sempre fora. Estava perfeito.
- Perfeita…  - Veio ao meu encontro e me abraçou docemente. Coloquei meu rosto em seu peito e pude sentir o cheiro do perfume que ele usava desde os 14 anos. O melhor cheiro do mundo. Perto dele, me senti protegido e pude dizer, finalmente, o que guardei pra mim mesma o dia inteiro:
- Thur…
- Princesa…
- Eu estou com medo.
- Medo de quê, meu amor? - ele perguntou me envolvendo mais em seu abraço.
- Não sei. Mas estou com medo. Uma sensação ruim…
-  Isso é coisa da sua cabeça, Miojo.
- É… Pode ser que sim. - me agarrei mais ao seu corpo, desejando passar a noite ali, no aconchego daquele abraço. Mas ele se afastou. Pegou em minha mão e levantou o meu queixo fazendo-me olhar em seus olhos:
- Nada de ruim pode acontecer. E mesmo que aconteça, lembre-se: Eu te amo. Muito. Eu te amo demais. E saiba que sempre estarei com você. Nas horas boas e ruins. Sempre, ok?
- Ok. - falei preocupada com sua declaração de amor súbita. Mas depois relaxei e completei: - Eu te amo. 
Nos beijamos por algum tempo e fomos para o salão principal, onde rolaria o jantar de gala. Alguns minutos depois, nossos amigos foram se juntando a nós. Jantamos muito bem, havia um prato mais gostoso que o outro. Quando a refeição foi dada por encerrada, começariam as homenagens e agradecimentos. Nossa família era a principal homenageada da noite, afinal de contas, vovô foi o fundador da Rede de Hotéis Blanco e esta era passada de geração à geração. O projetor de slides foi montado em questões de segundos e logo após, assistíamos atentamente a apresentação feita pelo sócios do meu pai. Eles falaram sobre o orgulho que sentiam de trabalhar para minha família e blábláblá. Todo mundo sabia que aquilo era pura balela e puxação de saco. Os segundos foram passando e eu ficava cada vez mais nervosa. Comecei a ficar inquieta e suar frio. Ao menos sabia porque estava assim. André subiu no palco, que fora montado somente para a ocasião, e começou:
- Boa noite, senhoras, senhores. É como prazer que venho aqui esta noite, presta a minha homenagem e o meu agradecimento à esta família tão especial para todos nós. - Tudo bem, ele foi muito medíocre: Sim ou Claro? - Bom, hoje eu vou repassa a trajetória da família Blanco começando por uma pessoa muito especial pra mim, particularmente… - Ele me olhou e eu senti Arthur ficar tenso ao meu lado. Segurei sua mão e olhei-o:
- Ei… - Pisquei e ele sorriu de volta.
- Vocês sabem que é essa mulher? - André mostrou o primeiro slide no projetor. Era a foto de uma mulher loira e muito bonita. Ela tinha olhos verdes e o cabelo como o meu. - O nome dela é Rita…
- ANDRÉ! - Papai se levantou da cadeira, mas Daniel o puxou de volta e, triste, sussurrou algo em seu ouvido.
- Rita Maria era uma garota de programa, lamentavelmente. Um dia, conheceu um homem que ofereceu-lhe uma boa quantia pra ser uma… digamos… “barriga de aluguel". 
- Ai não! - Arthur murmurou do meu lado. Eu não entendia patavinas.
- Bom, os senhores devem estar se perguntando: “Mas o que a família Blanco, ou melhor, o que qualquer um de nós tem haver com isso?". Bom, deixem-me explicar-lhes tudo desde o começo…



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