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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

TFDA CAP 32





                 
                                              
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Capítulo 32

POV da Lua

- Arthur, você tá bem? - perguntei no outro dia quando estávamos sentados na mesa esperando nosso almoço chegar. Ele ficou calado a manhã inteira, enquanto pescávamos, e não ficou fazendo piadinhas com o Chay e o Micael. 
- Hã? T-tô sim. - ele falou esboçando um sorriso. 
- Divide. - disse. Thur estava escondendo algo de mim. 
- Não tem nada pra dividir. - ele falou um pouco rápido demais, olhando em meus olhos. O almoço chegou e nós desviamos nossos olhares.
- Depois a gente conversa. - murmurei.
Tivemos um almoço tranquilo. Meus pais não brigaram (o que foi beeeeem estranho) e meus amigos divertiram todos nós. Quando terminamos, resolvemos fazer trilha. Arthur me evitou boa parte do caminho até que eu deu um basta:
- O que tá acontecendo? - perguntei quando os outros já estavam um pouco à frente. 
- Lu, vamos! A gente vai acabar se perdendo. - ele deu alguns passos à frente e eu o segurei pelo braço.
- Eu conheço essa mata de trás pra frente. As chances de nós nos perdermos é a mesma de chover chiclete. E a gente não vai sair daqui até conversarmos. 
- Amor, para com isso. - ele disse colocando um cacho atrás da minha orelha. - Não tá rolando nada.
- Thur, eu não acredito em papai noel desde os 10 anos. Eu te conheço e sei você tá me escondendo alguma coisa. - falei.
- Claro que não! - ele disse um pouco alto demais. Deu um suspiro e continuou. - Lua, eu não estou escondendo nada ok? Confia em mim.
- Sabe o que é pior, Arthur? - disse irritada.
- O quê? 
- Que você tá mentindo pra mim, na maior cara de pau. Que droga! - falei à beira das lágrimas.
- Lua, você tá chorando? - ele disse, passando o dedão na minha bochecha e secando uma lágrima que ousou descer.
- Tô. Tô chorando de raiva. Tô chorando de decepção. Que porra! Você é meu namorado! Confia em mim, caramba! - falei com a voz embargada.
- Lu, olha… é que… - ele começou.
- Quer saber? - eu interrompi - Não quero saber! Não quer contar? Não conta! Mas lembra, que antes de namorados, nós somos melhores amigos.
Saí batendo o pé e subindo morro acima, e pouco depois ouvi seus passos atrás de mim. 

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